Fatores de risco para a Depressão na infância e adolescência
Fatores de risco
- Fatores familiares onde a estrutura familiar é menos preservada composta por padrasto e madrasta;
- Relacionamento regular/ruim entre pais e irmãos;
- Ausência de supervisão familiar;
- Fraco apoio emocional e baixa interação positiva;
- Ocorrência de eventos estressantes na família - problemas financeiros uso de álcool e drogas, separação dos pais, revelam que o adolescente apresenta 73% chances de apresentarem sintomas depressivos comparados a aqueles que nunca passaram por essa experiência, severa violência cometida pelo pai e mãe tem 6,5% mais chances. E nas questões individuais os insatisfeitos com a vida apresentam 3,2% mais chances.
- Baixa condição socioeconômica;
- Ausência escolar no ano anterior, baixo rendimento acadêmico
- Não praticar religião;
- Adversidades no ambiente familiar e problemas familiares
- Baixa autoestima
- Perdas
- Falta de diálogo familiar
- Exclusão social
- Risco e vulnerabilidade social
- Ficar por períodos de 2 a 4 horas seguidas em frente a televisão, computador ou videogame fazendo uso de jogos com conteúdos violentos pelos meninos.
Diferenças socioculturais
Segundo Dumas (2011), estudos mostram que crianças e adolescentes expostos a circunstância econômicas e sociais desfavoráveis - sobretudo quando são crônicas, como a pobreza e o racismo - correm um risco elevado de manifestar psicopatologias, entre os quais os transtornos de humor. Contudo, são ilusórias as generalizações que se aplicariam ao conjunto dos jovens de uma cena condição social ou de um grupo étnico específico.
Transtornos de humor são abrandados por fatores de proteção dos quais certos jovens se beneficiam mais do que outros - como um nível elevado de coesão familiar e de apoio social, ou agravados por um acúmulo de fatores de risco - como a presença de um transtorno de humor paterno ou materno ou de dificuldades psicossociais variadas na família.
Os jovens que fazem parte de grupos comumente excluídos ou rejeitados- às vezes por sua própria família - correm um risco elevado de ter um transtorno depressivo. É o caso dos adolescentes homossexuais e bissexuais. Dumas (2011) cita um estudo longitudinal proveniente da Nova Zelândia relata que 71% desses jovens preenchiam os critérios diagnósticos do transtorno depressivo maior e que as tentativas de suicídio eram 5 a 6 vezes mais presentes nesse grupo do que em outro de adolescentes heterossexuais.
Os jovens constantemente marginalizados e perseguidos pelas mais diversas razões são quase sempre deprimidos, pensam com frequência no suicídio e até o consumam.
Os transtornos de humor refletem os estilos de vida muito estressantes aos quais os jovens estão expostos atualmente, como as desagregações familiares e sociais que muitos deles enfrentam, mas que não controlam, e o fato de, mesmo quando seu conforto material é garantido, às vezes em excesso, eles terem dificuldade de dar um sentido à sua vida e de encarar o futuro.
Referências:
Dumas, J. E. (2011). Psicopatologia da infância e adolescência. Porto Alegre: Artmed.
Ramos, A. S. M. B. et.al. (2018). Depressão na adolescência e comportamento suicida: uma revisão integrativa. Goiânia: Centro científico conhecer. v. 15 n. 27. Disponível em:
https://www.conhecer.org.br/enciclop/2018a/sau/depressao.pdf



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